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sábado, 31 de julho de 2010
Em busca do meu VHS
Algumas pessoas comunicam sucesso antes mesmo de produzir algo. O caso Johnny Depp e Tim Burton é um exemplo desses. Se ainda acrescentarmos Helena Bonham Carter à dupla, a receita de filme promissor é quase certa, sobretudo se lembrarmos do filme Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, em que, apesar de haver um contrate entre a beleza dos musicais com a cabeça delirante e obscura de Burton, é uma ótima obra.
No Alice no País das Maravilhas o trio está lá, o sucesso nem tanto. A história adapta contos e poemas escritos por Lewis Carroll e monta um cenário interessante: Alice (Mia Wasikowska), aos 19 anos, vai a uma festa e descobre que está prestes a ser pedida em casamento perante centenas de socialites. Ela então pede um tempo para pensar e deixa todo mundo com cara de interrogação. Enquanto corre, fugindo daquela situação constrangedora e pessoas que ela não gosta, vê um certo coelho branco de colete e relógio na mão e decide segui-lo. Cai, então, em um buraco e vai parar no País das Maravilhas. Nesse mundo fantástico, Depp é o Chapeleiro Maluco, Anna Hathaway é a verdadeira personificação das princesas Disney sendo a Rainha Branca e Helena Bonham está ótima como a Rainha de Copas. O restante? Personagens oriundos da computação gráfica.
O pior de tudo é o começo. No caso do menu principal do DVD, a Disney foi fiel à linguagem dos primeiros filmes de animação. Até parece que vamos ver a primeira versão, pois o menu traz um sentimento de agradável sentimento de nostalgia, muito embora ela se perca rapidamente quando você aperta o play.
A delirante cabeça de Tim Burton não foi ajudada pelos delirantes efeitos visuais e gráficos do longa. Muito efeito, pouco espaço ao lúdico. Até deu saudade da primeira versão que assistimos em VHS, no qual a história se sobressaia ao visual, e não o contrário.
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