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sábado, 10 de julho de 2010

Dura realidade, envolvente reflexão




Costumo definir obra de arte como aquela obra que faz com que o interlocutor arrepie. No caso do filme PRECIOSA, muito mais do que arrepios por causa da bela atuação do elenco e com enredo envolvente, é uma obra completa, que consegue ter catarse e muita capacidade de reflexão. Reflexão sobre os reais problemas, as angustias das pessoas que, aparentemente, estão distantes de nós. Os reais problemas que algumas pessoas sofrem são infinitamente maiores do que alguns lamentam por aí, como já se pode perceber com 20 minutos de filme.

O longa, que retrata a vida complicada da protagonista Claireece Preciosa Jones (Gabourey Sidibe), uma jovem garota do subúrbio de Nova York, com 16 anos, mãe de duas crianças e filha vitimada da revolta da mãe, com olhar intimista e jeito tímido, tenta passar despercebida aos olhos da sociedade, apesar de ser obesa.

Preciosa, a protagonista do longa, sofre com os abusos sexuais do pai, a indiferença e a violência da mãe, a exclusão do grupo social escolar, tem auto estima tão baixo quanto seus olhares intimistas e distantes. Mas, apesar de todo o contexto complicado, ela sonha com namorados, fama, sucesso e dinheiro.

Sua real percepção de mundo, muito embora fora corrompida pela mãe, se mantém correta quando tudo começa a mudar com sua nova professora, Sra. Blu Rain (Paula Patton), que com muita paciência vai ensinando Preciosa e suas colegas muito mais do que colocar as letras em ordem para ler e escrever.

O diretor, como num filme carregado de interpretações espetaculares, com foco na angústia das personagens, opta por uma câmera na mão, que dá lugar a algo mais clássico apenas nas cenas em que Preciosa está sonhando. Mas tudo isso passa a ser perfumaria perto das atuações irretocáveis de todo o elenco.

Vai aqui uma indicação do típico bom filme que merece suas seis indicações ao Oscar! A propósito, se prepare para um ótimo filme e para receber uma porrada da dura realidade de algumas pessoas ou simplesmente para comparar os seus problemas com o de outras pessoas.

2 comentários:

  1. Olha, se a Sandra Bullock não estivesse tão impecável em The Blind Side, a Gabourey Sidibe iria ganhar o Oscar de Melhor Atriz. Ela estava ótima, não só ela como o elenco todo! O que que era aquela Mariah Carey?

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  2. É verdade! Hehehe falou tudo!
    Valeu Pierre!

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