Pesquise

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Da aliteração à expressão, do fonema à manifestação




Existem brasileiros que todos nós devíamos conhecer, pelo menos, alguma de suas obras. Luiz Fiorin é um desses.

Ele chamou minha atenção quando, no início deste ano, eu assistia numa quinta-feira na TV Cultura um debate sobre Linguística, no programa UNIVESP.
Fiorin é mestre da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e debateu a importância do estudo da língua e da linguagem, juntamente com Eduardo Guimarães, da Universidade Estadual de Campinas, e Esmeralda Vailati Negrão, também da USP.

No programa, os mestres debateram as diferenças entre as línguas faladas no Brasil e em Portugal, a língua geral falada em São Paulo no período colonial, o debate sobre as origens das línguas faladas no mundo e as dificuldades de ensino da língua no Brasil. A partir daí, me interessei mais ainda pela área, pois fundamenta minha Monografia de Conclusão de Curso. Há pouco, acabei de ler o livro “Linguagem e Ideologia” do professor Dr. Luiz Fiorin.

Trata-se de um livro pocket, pequeno, rápido de ler e da série “Princípios” da Editora Ática. É muito interessante as interpretações de Fiorin para fazer uma relação entre essas duas ferramentas da cultura. Ele aborda Max e Angels, o papel da linguagem nas estruturas, as formações ideológicas e discursivas, a reprodução e a polêmica.

A proposta básica do livro é concluir que a linguagem é, ao mesmo tempo, autônoma em relação às formações sociais e determinada por fatores ideológicos.

Para concluir, Fiorin apresenta: “A reflexão sobre a linguagem desafia os homens há milênios, porque dela se pode dizer o que dizia Riobaldo, no Grande Sertão:veredas : Todos estão loucos, neste mundo?Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça para o total”.

Vai aqui uma indicação aos amantes da Língua Portuguesa, dos estudos de Linguagem, Ideologia e Cultura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário