
CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA
Conceito: contexto de interação de mídias sugere que não existe linha divisória entre essas, uma vez que “as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia corporativa e a mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis”. Dessa maneira, é possível notar que a produção de conteúdo, hoje em dia, é subordinada ao fluxo de múltiplos suportes midiáticos, ou seja, cada tipo de comportamento de consumidor de mídia é estudado para que esse seja cortejado pelo tipo de mídia que mais lhe agrada.
Convergência: “é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais”. No caso do âmbito da comunicação e mídia, o autor propõe que a convergência deve ser entendida principalmente como um processo tecnológico que une várias funções dentro dos mesmos aparelhos; o que acarretará em uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdo midiáticos dispersos. Vale ressaltar, também que, essa convergência não ocorre única e exclusivamente por meio de suportes midiáticos sofisticados, mas sim ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em duas interações sociais com os outros. Essa relação coletiva permite concluir numa inteligência coletiva, pela qual o poder midiático se alimenta, afinal todos somos produtores de conteúdo e cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos juntas as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades.
O Profeta da Convergência: Dentre os temas abordados pelo universo da comunicação, destaca-se Ithiel de Sola Pool como o profeta da convergência dos meios de comunicação, foi autor do livro Technologies of Fredoom (1983) , cujo conseguiu delinear o conceito de convergência como um poder de transformação dentro das industrias midiáticas. Esse conceito diz que as fronteiras entre os meios de comunicação estão se tornado imprecisas, um único meio físico – fios, cabos ou ondas – são capazes de transportar diversos tipos de serviços diferentemente do passado que um serviço era oferecido por um único meio.Logo a relação um a um que existia entre os meios esta acabando.
A Falácia da Caixa Preta: O conceito de convergência perde força para a Falácia da Caixa Preta, nele temos a explicação de que mais cedo ou mais tarde todos os conteúdos midiáticos irão fluir por uma única caixa preta em nossa sala de estar, ou por outro objeto que carregamos conosco, como exemplo o celular. Porém é difícil prever qual será a caixa preta predominante, se soubéssemos poderíamos elaborar todo o conteúdo para esse determinado meio e deixaria de lado os níveis culturais.
Outros conceitos:
Telecocooning Segundo ele, a convergência também ocorre quando as pessoas assumem o controle dos suportes midiáticos, ou seja, nossas vidas, relacionamentos e memórias também fluem pelos canais de mídia. Apesar disso, o autor salienta que, “quando as pessoas assumem o controle das mídias, os resultados podem ser maravilhosamente criativos; podem ser também uma má notícia para todos envolvidos”.
Contexto Contraditório: de um lado, novas tecnologias midiáticas, com pessoas como produtoras de conteúdo que é ampliado por canais alternativos de distribuição. Por outro lado, ocorre concentração de propriedade por grandes conglomerados de comunicação, que têm adquirido todos os setores da indústria do entretenimento. O resultado desse contexto ainda é incerto: alguns temem que os meios de comunicação fujam ao controle (sem gatekeepers) e outros temem que sejam controlados demais (com gatekeepers). Gatekeeper, no contexto dos meios de comunicação, é um termo utilizado para se referir a pessoas e organizações que administram ou restringem o fluxo de informação ou conhecimento.
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