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domingo, 25 de julho de 2010

Menininha mal criada do papai




Confesso que não imaginava que abriria espaço neste despretencioso Blog para um gênero de cinema que beira a qualidade fílmica ao esbarrar em conteúdo ficcional e trash, como o caso dos filmes de Terror.

No caso, ontem à noite, com uma excelente companhia, eu “dei o braço a torcer” e assisti A ORFÃ. O filme trata da conturbada vida de um casal (interpretado por Vera Farmiga ePeter Sarsgaard,) que, após a perda do terceiro filho, decide adotar uma menina. O estranho e o incoerente é que a adoção é feita tão simples que os pais não pesquisam muito sobre a menina que lhes chama atenção, a pequena russa Esther. Ela é aparentemente meiga, muito educada, muito inteligente e possui claramente olhar dominador e suspeito, mas a adoção ocorre como manda o figurino.

O filme é interessante se considerarmos o ambiente que ele traz: é impossível não ficar angustiado durante todo o longa devido às características clássicas de um filme desse gênero: a câmera no “respirar dos atores” parece que tem alguém atrás de você observando algo, a cenografia gélida de um cenário de floresta de inverno, de árvores secas e muita neve.

Porém, apesar desses pontos positivos do filme A ORFÃ, o diretor catalão Jaume Collet-Serra erra ao ser previsível durante a cena em que a menina Esther não aceita, de maneira nenhuma, ir ao dentista. Ora, uma menina que é inteligente, educada, assustadoramente articulada para a idade, que está claramente tramando algo e não quer ir ao dentista é porque não quer demonstrar algo, como a arcada dentária de uma adulta.

Mas tudo bem, confesso que o filme consegue dar uns sustinhos, mesmo aqueles idiotas em que você fica bravo de ter assustado.

Apesar disso tudo, vale uma indicação para as pessoas que curtem esse tipo de filme. Mesmo não sendo nada de espetacular, podemos tirar lições como a reflexão sobre a adoção e sobre a psiquiatria. Outro ponto sobre a louquinha (Esther) é que ela é uma menina assumidamente Russa. Ora, diante de tantos países, porque o diretor catalão decide escolher uma menina da ex-URSS para ser a vilã num contexto dos EUA? Fez lembrar algum richa nostálgica da Guerra Fria, apesar de não haver mais indícios no filme.

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