Pesquise

domingo, 29 de agosto de 2010

Uma narrativa mercantilizada



Angustiada e assustada pela cena que acabara de ver, Mary O´Niel, executiva de sucesso do ramo alimentício, fugiria às pressas com seu Hyundai VeraCruz.

Há trinta minutos, quando estava chegando ao seu sítio, mais precisamente na região serrana de Petrópolis, ela viu o corpo de seu marido, ensangüentado, ser atirado de seu carro por um homem, usando uma máscara. Por um instante, Mary calou-se e não imaginava o que acabara de ocorrer. Nesse momento, já com seu carro parado, ela observava toda aquela cena em silêncio, era como se pudesse ouvir o movimento da sístole/diástole.

Apesar de tudo ter sido muito rápido, Mary percebeu que o corpo do seu marido estava inconsciente e não respondia, quando o assaltante o jogara no chão. Naquele momento, ela imaginava quem poderia ser aquele homem que acabara de assassinar friamente seu marido.

Seu movimento no carro era de passividade e inconformismo (afinal, o que estava acontecendo ali), até que, por descuido, ela acionou a buzina de seu carro. Foi nesse instante que o assaltante virou e viu que estava sendo observado por Mary.
Nesse momento, a empresária olhou com mais atenção e percebeu que aquele assassino era conhecido: Jean Claud , o sócio de seu marido que gerenciava sua empresa. Quando os olhares se cruzaram, como de uma caça prestes a ser devorada pelo caçador, Mary e Jean se sentiram tensos, até que ele entrara no carro da vítima e veio ao encontro dela.

Nesse instante, Mary ligou seu carro, acionou a tração 4WD, deu meia volta e colocou toda força que restava no seu pé direito, acionado rapidamente os 270 cavalos. Correndo contra o tempo, ela olhava no retrovisor antiofuscante e percebeu que Jean estava se aproximando. A situação estava ficando mais tensa à medida que o assassino se aproximava, até que Mary lembrou de um atalho que estava acostumava a cavalgar com seu marido, o riacho das Borboletas.

Mary, não se preocupou com o terreno acidentado e úmido, afinal já havia acionado a tração. A partir daí, Mary conseguiu fugiu e chegou mais rápido do que podia imagina do posto policial da estrada.

Jean Claud foi preso e poderá ficar 45 anos na prisão.
Mary, ainda abalado pelo ocorrido, vendera o sítio e foi morar no interior com os filhos.

Um comentário: