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domingo, 8 de abril de 2012

Caçula cheio de responsabilidade

Lançando oficialmente no Brasil em Março deste ano, o Land Rover EVOQUE, o SUV caçulinha da marca originalmente inglesa, traz consigo inúmeras responsabilidades. Primeiro, porque sua proposta é a menos ‘aventureira’ da marca, mesmo trazendo todo o aparato de valentia. Ele tem ‘Terrain Reponse’, sistema que adapta tração de acordo com o terreno, traz tração integral, boa altura em relação ao solo e muita, muita valentia. Apesar de tudo isso, estes itens de reais SUVs com disposição para a aventura no sítio no final de semana, o EVOQUE tem no seu DNA uma vocação urbana. Seu estilo futurista e tecnológico com design muito urbano demonstra uma proposta diferenciada para a marca. Ele inclusive, pode vir com duas portas apenas. Um verdadeiro esportivo. Em segundo lugar, o EVOQUE traz o design que deve acompanhar os próximos modelos da Land Rover, que perdem (um pouco) o estilo ‘quadradão’, dando espaço às linhas mais angulosas, modernas. O fato é que o jeitão futurista atrai muitos olhares nas ruas (o aspecto de rigidez e segurança continua presente). Com os LR tradicionais, isso já acontece pelo tamanho dos modelos, com o EVOQUE, a profusão de leds somada com o design imbatível conquista atenções nas ruas. O EVOQUE está equipado com um quatro-cilindros de 240 cv de potência. Trata-se do pioneiro da marca com indício de downsizing (a onda da diminuição dos motores sem perder desempenho) da LR ao utilizar o motor 2.0 Turbo com injeção direta de 240 cv e torque máximo de 34,6 kgfm, disponível a partir de 1.750 rpm. Segundo a montadora, o Evoque vai do 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos e pode atingir a velocidade máxima de 217 km/h. É um desempenho, digamos, razoável. O mesmo vale para o consumo de gasolina, cuja média é de 11,4 km/l (no tanque cabem 70 litros). Quanto ao acabamento, o carro possui três versões com acabementos e conjuntos de itens que as diferenciam. São elas: Pure, Prestige e Dynamic. O Evoque Dynamic Tech, modelo topo de linha, traz sistema de áudio Meridian (coisa fina) com reprodutor de CD, pendrive e iPod e ainda conta com Bluetooth para celular com função streaming, que toca as músicas do telefone sem precisar conectá-lo ao veículo. O pacote ainda inclui televisão, GPS e uma interessante função que divide a imagem da tela, mas de forma que motorista e passageiro vejam imagens totalmente diferentes no mesmo monitor. É possível acessar o navegador e a TV simultaneamente, por exemplo. Um caçula cheio de responsabilidade, mas que traz consigo ingredientes que são suficientes para uma receita de grande sucesso: design, motor eficiente e muita, muita tecnologia.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Objetivo é apagar a estrela (e estréia) do Duster

Lançando em Setembro de 2011, o aventureiro urbano da Renault, Duster, está surpreendendo em número de vendas e já é líder de um dos segmentos mais concorridos e investidos pelas montadoras: os SUV compactos ou aventureiros urbanos. Até a chegada do Duster, esse terreno sempre era dominado pelo Ford Ecosport, mesmo com rivais de presença, como VW Crossfox, Fiat Palio Adventure (pioneiro do segmento). Na primeira quinzena de Novembro, o carro da Renault vendeu 2.731 unidades, chegando ao share de 5,2%. Com isso, o Duster vendeu 40% a mais do que o rival concorrente da Ford. É claro que nenhuma montadora quer perder a liderança num nicho de mercado, sobretudo neste cenário cada vez mais dinâmico, concorrido e global que a indústria automobilística nacional está inserida. E a Ford apresentou sua estratégia para apagar a estrela do Duster, o novo modelo do Ecosport, que é considerado pela empresa como o seu segundo carro global, seguindo a linha estratégica iniciada com o lançamento do New Fiesta, em 2010, com design de cintura alta, cortes irregulares e muita fluidez, o chamado Kinetic. O novo EcoSport será fabricado no Brasil, na Índia e também na Tailândia, de onde será enviado aos mercados sul-americano, africano e asiático. Temos que esperar para ver se a estratégia de “pré-apresentação mundial" do novo EcoSport vai interferir na ansiedade dos potenciais compradores e abalar as vendas do Duster por aqui. E você, aguarda o design mais bem construído e a qualidade de construção da nova geração do Eco ou vai de Duster, o novo queridinho dos apaixonados por SUV compactos?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A escalada social

New Fiesta, VW Fox, Novo Fiat Palio, Novo Gol....com as últimas atualizações, novas gerações chegam ou o face-lift acontece e percebemos uma estratégia de mercado recorrente na indústria de automóveis. Tudo está em evolução e os compactos não querem ficar fora do glamour do mercado de automóveis. A moda agora é caprichar no look e se tornar um modelo premium. É esse caminho que segue a indústria automobilística. À medida que os carros vão mudando, evoluindo, sobem na escalada social e começam a contemplar mais itens de série, novos opcionais que a categoria nunca imaginaria ter e contribuem para ter mais valor agregado para o produto (a indústria agradece). Tudo acontece com a evolução da economia e com novos potenciais compradores para carros mais completos, mais bem acabados, com uma qualidade de construção melhor, entre outros. Veja o caso do New Fiesta que foi lançado há dois meses. Quem diria que o modelo compacto da Ford começaria a negociação com R$50.100,00? Claro, é o carro mundial, cheio de tecnologia e pode até ter 7 airbags... É claro que a Ford não ficaria de fora do mercado de entrada, que corresponde por +/- 61% do mercado nacional. Assim, a estratégia é manter no catálogo o modelo com design antigo. O mesmo acontece com Novo Gol e Gol G4, Novo Uno e Mille, Novo Palio e Palio Fire, etc, etc...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Análise de Discurso: informação e contra-informação "nos anos de chumbo"



Pessoal, além de outros objetivos, este Blog nasceu com intuito de divulgar alguns projetos e compartilhar assuntos relacionados à Comunicação, Publicidade e trabalhos acadêmicos. Como estou finalizando mais uma etapa na minha vida, compartilho com vocês o resumo do meu Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado de Análise de Discurso: informação e contra-informação nos "anos de chumbo". O projeto é de caráter monográfico e me rendeu nota máxima e aprovação final do curso de Publicidade e Propaganda.
Segue resumo:

O presente trabalho tem por tema a análise dos anúncios publicitários veiculados na revista Quatro Rodas entre os anos de 1968 e 1969, período compreendido na Ditadura Militar (1964 – 1985) brasileira.

Para isso, objetiva-se investigar quais as principais diferenças entre os discursos da “Informação”, que se trata de tudo que é promovido e imposto pela ordem vigente (leia-se a temática de órgãos e meios de comunicação envolvidos com o sistema de governo) e os discursos da “Contra-Informação” (temática de manifestos, músicas e discursos dos artistas e intelectuais contrários ao sistema). Também se procura identificar os elementos da linguagem persuasiva que contribuíram para o posicionamento dos dois discursos publicitários destinados a jovens, como o uso das figuras de linguagem.

Esse projeto cuida primeiro em conceituar os termos publicidade, propaganda, discurso, linguagem e ideologia. Posteriormente, trata-se do contexto da produção dos anúncios publicitários, o cenário da Ditadura Militar brasileira, com foco especial aos anos de 1968 e 1969, já caracterizados pela efervescência cultural da população e pela repressão política governamental.

Em seguida, trabalha-se sobre a Sociologia, sua origem e suas teorias (correntes) que ilustram o posicionamento e a visão de mundo do enunciador. Essa passagem pela Sociologia pretende verificar quais as ideologias presentes nos discursos da “informação” e da “contra-informação” dos discursos publicitários destinados a jovens à época, através das teorias (correntes) sociológicas.

Em seguida, apresenta-se um elemento lingüístico que farão parte das análises, que são as figuras de linguagem, visto que são usadas como estratégia de persuasão na produção de sentido dos anúncios.

Pode-se observar, após as análises, que os anúncios publicitários à época evidenciam posicionamentos ideológicos com as teorias sociológicas presentes em seu conteúdo, sejam de maneira metafórica ou com menos recursos estilísticos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seja honesto comigo mesmo




Uma das maneiras de você avaliar a receptividade do público diante de uma estréia de cinema é ouvindo os comentários sobre o longa no final do filme e nos corredores de saída do cinema. No caso de PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM, as críticas são injustas: “Péssimo, horrível”, “Onde já se viu macaco andando daquele jeito”, “Macaco falando...nem em circo”. Comentários injustos porque o público não é honesto consigo mesmo. Veja só: na entrada do Cinema, na fila da bilheteria, tem um grande cartaz em que se pode ver o triunfo de um macaco. Isso já sugere um longa de ficção científica. Além disso, na nossa sociedade extremamente interligada e conectada, quem não ouvir falar de PLANETA DOS MACACOS, série de ficção científica de sucesso em 1968, poderia pesquisar sobre o longa antes de ir aos cinemas para conferir a novidade, o reboost (refilmar, reinventar , reciclar, recomeçar franquias de sucesso do passado para os cinemas da atualidade).

O novo PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM é uma ótima refilmagem, cheia de novidades tecnológicas, enredos clássicos e reflexões atuais. A grande diferença dessa versão é pela troca dos atores fantasiados de chipanzés por efeitos tecnológicos super sofisticados e alta tecnologia. Às vezes você vai se confundir se o primata é real ou fruto da tecnologia da indústria cinematográfica.

O longa basicamente se desenrola de acordo com a evolução emocional de Cesar, o chipanzé protagonista do filme. Sua trajetória começa quando o cientista Will Rodman (James Franco) é surpreendido por um acidente e vê sua pesquisa em terapia gênica ser desativada. Com isso, todos os macacos que servem de cobaia de experiências no laboratório são sacrificados e Will decide salvar um bebê chimpanzé e levá-lo para casa. Tem início aí uma ligação de afeto entre o cientista e o macaco , que é chamado de César e criado como se fosse um filho. Mas a relação entre os dois é abalada depois que Will é obrigado a mandar o macaco para um abrigo, onde passa a viver confinado com outros primatas. Lá, César usa sua inteligência extraordinária, resultante dos experimentos de laboratório, para planejar uma fuga coletiva.

É muito interessante a construção do longa pela percepção de Cesar e que apesar de falar uma só palavra (já parece muito, não?), tem comportamentos muito contundentes. É quase animal companheiro e tranqüilo, mas que pode explodir em segundos.
Do núcleo de seres humanos, destacaria a atuação de John Lithgow. O ator dá vida ao pai de Franco, que interpreta muito fidedignamente o Mal de Alzheimer. Da cena da fuga dos macacos, destacaria a batalha na Golden Gate. É uma aula de estratégia e táticas de guerra. Tudo com muita tensão.

E justiça seja feita, trata-se de uma boa indicação, com ótima opção para entretenimento e boas reflexões pós-longa, com destaque para a questão da humanidade x selvageria, coletivo x individual, honra, lealdade e raça.